A região sudeste do Brasil é a mais populosa do país e uma das mais industrializadas. Nela estão localizadas as sedes das maiores empresas do Brasil. São Paulo e Rio de Janeiro fazem parte das megalópoles brasileiras (regiões com grande concentração populacional formadas pelo agrupamento de regiões metropolitanas).
O sudeste foi parte importante do país desde cedo, quando o Rio de Janeiro se tornou a capital brasileira (depois da Bahia e antes de Brasília). E, sua importância política continuou firme, sendo a região com o maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo é o maior, seguido de Minas Gerais.
Possui uma área de 924.616,968 km², de acordo com o IBGE e uma população com mais de 80 milhões de habitantes. A região é composta por quatro estados brasileiros:
Os índios foram os primeiros habitantes da região sudeste, logo depois, chegaram os portugueses, que exploraram vários recursos naturais do país, como o pau-brasil. O território brasileiro estava separado pelo tratado de tordesilhas, e assim, dividido em capitanias hereditárias, faixas de terras doadas a pessoas nobres ou de confiança pelo rei de Portugal. A área compreendida hoje pelo estado de São Paulo era correspondente à capitania de São Vicente, cujo primeiro donatário foi Martim Afonso de Sousa. Eles foram responsáveis por fundar a primeira vila brasileira, chamada São Vicente, no litoral. Posteriormente, no interior, houve a criação da vila de São Paulo de Piratininga. Foi dessa vila que surgiu a cidade de São Paulo.
O território de Minas Gerais começou a se formar no século XVI. Os habitantes da vila de São Paulo iniciaram a exploração do interior com a formação de entradas e bandeiras à fim de escravizar indígenas e procurar ouro e pedras preciosas, já que a produção açucareira vinha decaindo. Com a descoberta de grandes aluviões de ouro, no século XVII, iniciou-se o ciclo do ouro. Por isso, um grande número de pessoas migraram para as Minas, a fim de encontrar riquezas. Dessa migração ocorreu a Guerra dos Emboabas (1707 a 1709), um confronto para ver quem era o dono das primeiras jazidas da região: bandeirantes paulistas ou portugueses da Europa e migrantes de outras partes do país. Os paulistas foram derrotados e em 1709, foi criada a capitania de São Paulo e Minas de Ouro, cuja capital era Vila Rica (atual Ouro Preto). Essa capitania foi desmembrada e transformada em Minas Gerais, em 1720.
Os interesses da Coroa Portuguesa mudaram - visto que antes a produção da cana-de-açúcar era um dos principais produtos para geração de renda - abrindo espaço para a mineração. Outra atividade que evoluiu foi o comércio de gado, onde os comerciantes, também conhecidos como tropeiros ou carreteiros, traziam animais do sul do país para vender na região das minas. Dessas viagens, por onde eles passavam, surgiram pequenos vilarejos que deram origem à muitas cidades de Minas Gerais.
Por causa da descoberta do ouro, a capital da colônia se tornou o Rio de Janeiro (antes disso era Salvador), em 1763, devido a proximidade com as minas. Isso garantia que os lucros da mineração chegassem mais rápido à Coroa, além de dificultar o contrabando, pois a fiscalização era intensa.
No fim do século XVIII, o ouro começou a se esgotar, trazendo muita pobreza para a população. Mesmo com esse fato, a Coroa continuava cobrando altos impostos. Por isso surgiu a Inconfidência Mineira, revolta contra o domínio português que não teve muito sucesso.
A área que hoje encontra-se o estado do Rio de Janeiro era formado pelas antigas capitanias de São Vicente e São Tomé. Inicialmente, a região não havia sido colonizada por causa da presença de indígenas e franceses no litoral. Tropas foram organizadas para tomar a região, sendo eles expulsos em 1567. Para assegurar a posse do território foi criada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas, o Rio de Janeiro já havia sido nomeado durante o descobrimento por uma expedição que fazia o reconhecimento das terras.
A família real fugiu para o Brasil em 1808, com as guerras de Napoleão Bonaparte, e residiu no Rio de Janeiro. Com isso, os portos foram abertos para as nações aliadas, em 1810, e o Rio se tornou Reino Unido de Portugal e Algarves, em 1816. A partir daí, a economia passou por muitas mudanças. Em 1821, Dom João VI, retornou para Portugal. Seu filho Pedro de Alcântara (D.Pedro I) reinou em seu lugar. Ele foi o responsável por declarar a independência do Brasil, em 07 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo. Com isso, se tornou Imperador do país. Após a independência, o sudeste transformou-se no centro financeiro do país.
Em 1840, o cultivo do café começou a se espalhar pela região, sendo uma das principais forças da economia. Com a abolição da escravatura em 1888, a mão-de-obra escrava foi substituída por imigrantes europeus. Na época, D.Pedro II, ainda governava o país, mas foi destituído em 1889, com a Proclamação da República. Foi iniciada assim a política do café com leite, cujo poder revezava entre São Paulo e Minas Gerais.
Já o estado do Espírito Santo teve origem com a capitania doada pelo rei de Portugal para Vasco Fernandes Coutinho, que chegou ao território em 1535. Ele nomeou as terras de Espírito Santo, pois se tratava de um domingo de Pentecostes. Todos esses fatos representaram elementos importantes para história da formação da região sudeste do Brasil.
O relevo do sudeste é acidentado e predomina o Planalto (Atlântico e Meridional), além da Planície Costeira, no litoral. Possui um clima tropical, que está entre temperado e quente, variando em alguns locais. A mata atlântica é a vegetação original do leste, onde estão localizadas as serras; Existem áreas carentes de vegetação na região sudeste; já outras que guardam florestas exuberantes, como a floresta latifoliada tropical (mata atlântica), no interior. Há também cerrados e caatingas.
Com uma das maiores populações do país, mais de 80 milhões de habitantes, é formada por descendentes de europeus e em sua minoria por asiáticos. Dentre os europeus, os que mais se destacam são os portugueses e italianos. A população está concentrada em três estados (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), possuindo as maiores regiões metropolitanas do país, que são as capitais São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Com uma economia bem diversificada, é a região mais rica do país e possui um PIB bastante elevado. Há um grande destaque para os segmentos de automóveis, eletrônicos, tecnologia, máquinas e metalurgia. Seu parque industrial está concentrado nas cidades mais populosas (São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro) da região. Além do campo industrial, a região possui uma agricultura bem desenvolvida.
Importante lembrar que, numa fase econômica do Brasil, conhecida como “café com leite” (período em que esses dois produtos eram os mais produzidos e os mais exportados. Significavam a maior parte das atividades econômicas na época) os quatro estados do sudeste eram os principais produtores. O bom solo da região ajudou na época e continuou contribuindo para as atividades nessa área. Para se ter uma ideia, o principal produtor de cana-de-açúcar do país é a região sudeste.
O turismo é mais um fator que acrescenta à economia e uma consequência da sua riqueza cultural.
A cultura do sudeste tem forte influência dos portugueses, devido a imigração. Na cultura estão grandes símbolos do país: o monumento do Cristo Redentor, o Maracanã (símbolo do futebol no Brasil), as cidades históricas de Minas Gerais (com marcas de eventos importantes como a Inconfidência Mineira), as praias brasileiras de todo o litoral sudeste (que mostram as belezas naturais do país) e muitas outras novidades. É no sudeste que se realiza um dos carnavais mais famosos do Brasil, principalmente, no Rio de Janeiro.
As comidas típicas que se destacam no sudeste são a feijoada, típica do estado do Rio de Janeiro; o pão de queijo, o feijão tropeiro, o bolo de fubá, de Minas Gerais; a moqueca capixaba, do Espirito Santo e o cuscuz paulista, de São Paulo.
São Paulo é um dos 27 estados brasileiros, que tem como capital o município de São Paulo. Seus limites são os estados do Paraná, ao sul; de Minas Gerais, a norte e nordeste; Rio de Janeiro, a leste; Mato Grosso do Sul, a oeste; Oceano Atlântico a sudeste.
Possui uma área total de 248.222,362 km² e é também um dos mais populosos do país. É um dos estados que contribui com a economia federal e movimenta vários setores, dentre os quais o que mais se destaca é o industrial. Além dele, há os setores de turismo, agricultura, energia e comércio.
O clima que predomina no território é o tropical e no interior ocorre o clima tropical de altitude, trazendo frio para o estado. Há também o subtropical, fixado na parte sul e também no planalto paulista (região encontrada entre a Serra do Mar e Campinas). A vegetação é formada pela Mata Atlântica, o Cerrado, a Mata de Araucárias, Campos e Litorânea. Já o relevo é marcado pelo planalto cristalino, a planície litorânea, a serra do mar, o planalto ocidental paulista e a depressão periférica.
Os principais rios que cortam a região são o Paraná, o Tietê, o Paraíba do Sul, o Turvo, o Piracicaba, o Jacaré-Pepira, dentre outros.
É formado por 645 municípios e dentre eles, as principais cidades são:
A colonização de São Paulo teve início em 1532, quando Martim Afonso de Souza fundou uma povoação que se tornaria depois Vila de São Vicente, uma das mais antigas do Brasil. Continuando a colonização, em busca de novos índios para evangelizar, um grupo de jesuítas, dentre eles José de Anchieta e Manoel de Nóbrega, encontraram o planalto de Piratininga. Perceberam que era um local seguro, já que estava localizado em uma colina alta e plana, sendo possível se defender facilmente de ataques. Eles criaram em 1554, um colégio e foi ao redor dele que surgiram as primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. Em 1560, foi elevado à vila.
A atividade praticada era a de agricultura de subsistência e os índios eram aprisionados para trabalharem na lavoura, a fim de cultivarem a cana-de-açucar, um dos produtos que estava entrando em decadência no período. Porém, a grande conquista estava na descoberta do ouro e de metais preciosos. Na segunda metade do século XVI, iniciaram as bandeiras para aprisionar índios, procurar tesouros e se aventurar pelas Minas.
Em 1681, São Paulo era cabeça da Capitania e em 1711, a vila tornou-se cidade. A capitania havia sido desmembrada de Minas Gerais para que a Coroa tivesse controle total sobre as Minas e até o século XVIII, o estado era apenas ponto para a partida de bandeiras. Por conta disso, a pobreza se instalou na província. Haviam muitos índios e negros no começo e a língua predominante tinha como base o tupi-guarani. Entre 1580 e 1640, estimava-se que o espanhol era a segunda língua da vila de São Paulo. Com a independência do Brasil, em 1822, o número de africanos aumentou, cerca de 25% da população, e mulatos, com mais de 40%. A economia paulista começou a se desenvolver apenas no final do século XVIII e inicio do século XIX, período em que as plantações de café começaram a superar as de cana-de-açúcar e início do ciclo do café.
O fim da colônia se aproximava. A família real chegou ao país em 1808, fugindo das tropas de Napoleão, trazendo também uma série de mudanças. Mais tarde, o filho de Dom João VI, o príncipe Dom Pedro declarou a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Com isso, ele recebeu o título de imperador e se transformou em Dom Pedro I. Ele renunciou em 1830, com a agitação política do período. E, quem reinou foi seu filho D. Pedro II. Na época, o país estava se desenvolvendo, sendo o café um dos principais produtos de exportação brasileiro.
Os cafezais trouxeram um avanço para o país e para expandir o cultivo era necessário a criação das estradas de ferro (1860-1861) em Santos e São Paulo (Estradas de Ferro Santos-Jundiaí). Ocorreram muitas transformações até a abolição da escravatura em 1888, além da chegada de imigrantes para trabalhar na lavoura. Como era a cidade do Império havia a necessidade de realizar uma reforma urbanística. Em 1860, a cidade de São Paulo, já era diferente dos tempos coloniais.
O Rio de Janeiro é um dos 27 estados do Brasil. Sua capital homônima é uma das maiores cidades do estado, e também uma das mais populosas do país. Seus limites são com os estados de Minas Gerais, a noroeste; Espírito Santo, ao norte; Oceano Atlântico, a sudeste; e, São Paulo, ao sul.
Com uma área de 43.777,954 km² é formado pelo bioma da mata atlântica, no litoral, além de um relevo montanhoso, baixadas e serras.
Devido ao desmatamento, a vegetação é pouca, mas há no litoral a presença dos manguezais. Os principais rios que banham a região são o Macacu, o Majé, Macabu, Macaé, São João, Guandu. Sua economia está baseada no setor de serviços e industrial.
O estado possui 92 municípios, sendo os principais:
A história do atual estado do Rio de Janeiro começou após a chegada dos portugueses no século XV. Houve uma expedição liderada por Gaspar de Lemos, em 1501, para mapear o território brasileiro. Nela haviam navegadores experientes e cartógrafos, dentre os quais se destacou Américo Vespúcio. Eles encontraram pontos importantes da Costa como o Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Cabo de São Roque, Baía de Todos os Santos, dentre outros.
No período colonial, o Brasil estava dividido pelo Tratado de Tordesilhas entre Espanha e Portugal. O território formado pelo estado do Rio de Janeiro, fez parte das capitanias de São Vicente e São Tomé. Como o donatário Martim Afonso de Sousa não se aventurou em sua capitania, entre 1555 e 1567, franceses liderados por Nicolas Durand de Villegagnon, habitaram o território da Baía de Guanabara com o objetivo de criar a França Antártica. Eles se aliaram aos índios tamoios e construíram um forte.
O governador da Colônia, Mem de Sá, reuniu tropas para retirar os franceses e índios do local, que foram expulsos em 1567, derrotados na Guerra do Cabo Frio. Para, de fato, tomar posse do território, eles criaram a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
No século XVII, a produção do açúcar passou por uma crise, ainda mais devido a ocupação da capitania de Pernambuco pelos holandeses que também se interessavam pelo produto. A atenção se voltou para a mineração, por isso, o Rio de Janeiro se tornou um dos principais pontos de exportação, especialmente, pedras preciosas e ouro que vinha de Minas Gerais. Por esse motivo, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio, em 1763.
Fugindo da Guerra de Napoleão Bonaparte, a família real veio ao Brasil e residiu no Rio de Janeiro. Esse fato trouxe desenvolvimento para a província. Em 1821, D. João VI voltou para Portugal, mas deixou seu filho Pedro de Alcântara (D.Pedro I) em seu lugar para governar como príncipe-regente do Brasil. Ele foi o responsável por declarar a independência do Brasil, em 07 de setembro de 1822, em São Paulo, tornando-se imperador. Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se um município neutro, permanecendo capital do império, e Niterói transformou-se capital da província do Rio de Janeiro. Com a proclamação da República, em 1889, a monarquia foi derrubada, acabando o período de governo do imperador D.Pedro II. A cidade do Rio de Janeiro continuou sendo a capital do país e a província se tornou estado. O município que era neutro com a instituição da primeira Constituição da República transformou-se em Distrito Federal. Na economia, o cultivo do café ganhou destaque, trazendo prosperidade.
Quando a capital foi transferida para Brasília, em 1960, o antigo DF se tornou estado da Guanabara, no território onde se encontra a cidade do Rio de Janeiro, conforme a Constituição de 1946 e a lei 3.752, de 14 de abril de 1960. Posteriormente, se fundiu ao estado do Rio de Janeiro, em 15 de março de 1975, de acordo com a lei complementar nº 20, de 1º de julho de 1974.
Minas Gerais possui uma área de 586.519,727 km², de acordo com dados do IBGE. Sua capital é o município de Belo Horizonte. Faz parte da região sudeste do Brasil, cujos limites são feitos pelos estados de São Paulo, ao sul e sudoeste; Mato Grosso do Sul, a oeste; Goiás e Distrito Federal, a noroeste; a Bahia, a norte e nordeste; Espírito Santo, a leste; e, o Rio de Janeiro, a sudeste.
Grande parte de seu território é formado pelo Planalto Atlântico, mas no noroeste predomina o Planalto Central. Por causa dessa estrutura, as altitudes são elevadas e variam de 1.200 a 1.400 metros, em relação ao nível do mar. Seu terreno é muito acidentado e é nele que está localizado um dos picos mais altos do Brasil: o Pico da Bandeira, na Serra do Caparaó, também presente no estado do Espírito Santo. Os climas mais comuns são o tropical e o tropical de altitude. Sua vegetação é formada pela mata atlântica, campos, cerrado e mata seca.
Na economia conquistou destaque na agropecuária, principalmente, com a produção de leite. Outros produtos importantes para o estado são o café, o milho, a soja e a cana-de-açúcar. A atividade de mineração também tem grande importância, além do ramo industrial, onde prevaleceu a indústria automobilística, além da alimentícia, da construção civil, etc. O turismo contribui para a economia do estado, com destinos como Ouro Preto, Poços de Caldas, Tiradentes, Uberlândia, dentre outros municípios.
Com 853 municípios, as principais cidades de Minas Gerais são:
O território em que hoje se encontra o estado de Minas Gerais começou a se formar no século XVI, quando os bandeirantes começaram a procurar ouro e pedras preciosas. No ano de 1709, foi criada a capitania de São Paulo e Minas de Ouro, cuja capital era Vila Rica (atual Ouro Preto). Posteriormente, essa capitania foi desmembrada e transformada em Minas Gerais, em 1720.
No início do século XVII, Minas se tornou um importante polo econômico da colônia por causa do ouro, devido a sua riqueza mineral. Muitos escravos negros foram trazidos para trabalhar nas jazidas. Foi instituído até um tributo sob o ouro, chamado de Quinto, que era dado à Coroa.
Com essa descoberta, houve uma corrida pela sua extração e um dos eventos que marcou o período foi a Guerra dos Emboabas (1707-1709), que representou a luta da população de outras colônias baianas contra os bandeirantes paulistas. Estes saíram derrotados e a Coroa assumiu o controle. O povoamento se intensificou, porém a produção do ouro reduziu por volta de 1750, e a Metrópole (Portugal) tornou ainda mais rígida a arrecadação de impostos. Essa atitude causou muitas revoltas na população, resultando na Inconfidência Mineira, um movimento liderado por Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), em busca da independência de Minas Gerais. A revolução não teve sucesso.
A mineração influenciou muito na economia mineira, mas prejudicou o crescimento de certas atividades econômicas. Mesmo com o desenvolvimento da produção de açúcar, algodão e fumo, Minas Gerais ainda continuou sobrevivendo da agricultura, sendo esta uma das que mais se destacaram após a queda do ouro, com o cultivo do café.
A cafeicultura começou no início do século XIX, se transformando posteriormente, em uma das principais atividades de Minas Gerais. Ela impulsionou o setor de transportes, a industrialização e a política. Surgiram indústrias de pequeno e médio porte, focadas em produtos alimentícios, têxteis e siderúrgicos. Outros produtos também tiveram um crescimento menor, especialmente no cultivo de cereais, algodão e cana-de-açúcar. No século XX, se tornou um dos maiores produtores de café, além de São Paulo. Na década de 70, a industrialização marcou intensamente o estado, trazendo grandes investimentos no setor.
O estado do Espírito Santo ocupa uma área de 46.096,925 km². Os estados que fazem limite com ele são a Bahia, ao norte; o Rio de Janeiro, ao sul; Minas Gerais, a oeste. Além disso, está o Oceano Atlântico, a leste.
Possui um relevo recortado por serras e morros, formado pela baixada litorânea e serras em seu interior. O ponto mais alto do estado é o Pico da Bandeira, localizado na Serra do Caparaó. Ele também está localizado no estado de Minas Gerais. Possui uma vegetação formada pela floresta tropical e litorânea, além de um clima tropical úmido. Os rios que mais se destacam são o rio Doce, São Mateus, Itaúna, Jucu, Mucurí, Itapemirim e Itabapoana.
A economia é bem diversificada e está baseada especialmente na agropecuária, na indústria (como por exemplo, metalurgia, celulose e gás natural) e no setor de serviços. Conta ainda com um dos maiores complexos portuários da América Latina, além de uma extensa malha rodoferroviaria.
Com 78 municípios, as principais cidades do Espírito Santo são:
O estado teve origem, a partir de uma capitania doada pelo Rei de Portugal, D.João III a Vasco Fernandes Coutinho, um português que chegou à região em 23 de maio de 1535. Inspirado em sua religião, batizou o local como a terra do Espírito Santo (atual cidade de Vila Velha), já que era um domingo de Pentecostes. De vila, tornou-se capitania; em 1822, transformou-se em província e em 1889, foi considerado um estado.
A fim de iniciar a colonização Vasco Coutinho separou a capitania em sesmarias (terras abandonadas para cultivo). Os indígenas foram resistentes, fugindo para as florestas. Com essa fuga, ataques e lutas entre eles e os portugueses eram frequentes. Por isso, em 1549, Vasco Coutinho, foi em busca de um local mais seguro, encontrou uma ilha montanhosa, que chamou de Vila Nova do Espírito Santo (a nova capital, na época). Mesmo assim, os ataques continuaram até 08 de setembro de 1551, quando os lusitanos finalmente conseguiram acabar com as lutas, por isso, a localidade passou a se chamar Vila da Vitória. Além das tribos, eles também enfrentaram piratas ingleses, holandeses e franceses que estavam em busca das riquezas do território. Vitória tornou-se cidade em 24 de fevereiro de 1823.
Em 1625, quando o território estava à comando de Francisco de Aguiar Coutinho, os holandeses atacaram o local, porém foram expulsos.
Com a chegada do século XVII, surgiram os primeiros engenhos de açúcar, e o interior do estado começou a ser povoado. Uma das principais atividades econômicas desenvolvidas era a agricultura e o comércio. Já no século XVIII, houve uma queda na economia local e a capitania teve que ser reintegrada a Coroa.
O estado conquistou sua autonomia em 1810, sendo assim, administrado por um governador. Após 1823, imigrantes chegaram ao país, dentre eles suíços, alemães, holandeses e açorianos, fato que fortaleceu novamente a economia. Mesmo com a abolição da escravatura em 1888 e a queda de muitos fazendeiros - já que surgiu uma escassez na mão-de-obra - a agricultura se fortaleceu com o cultivo de café.
De acordo com pesquisadores da língua tupi, o termo significa 'terra limpa para plantar', 'roça' ou 'roçado'. Os indígenas costumavam chamar sua plantação de milho e mandioca de capixaba. Com o passar do tempo, passou a designar todos os moradores do Espírito Santo.